O Dia Mundial do Pão foi oficialmente instituído há 11
anos, em abril de 2001, pela Union Internationale de la Boulangerie et de la
Boulangerie- Pâtisserie (UIB) com o objetivo valorizar o produto mais popular
nas mesas de todo o mundo, lembrando a sua importância na composição da
alimentação diária.
Não foi por acaso a coincidência de se
celebrar anualmente o Dia Mundial do Pão, juntamente com o Dia Mundial da
Alimentação, fundado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura (FAO) em novembro de 1979 e que assinala ainda a data da criação
desta organização.
A UIB reúne Associações Nacionais de
Padeiros e Pasteleiros de mais de cinco continentes e representa mais de 300
mil padarias tradicionais que empregam mais de 4 milhões de pessoas em todo o
mundo. O seu objetivo é promover o consumo de produtos de panificação
fabricados rigorosamente de acordo com os métodos tradicionais.
http://www.uibaker.org/.
Origens do Pão
Milhares de anos antes de Cristo já se utilizava o pão
como alimento. Antes de ser utilizada para fazer o pão a farinha de diversos
cereais era usada na preparação de sopas e mingaus. Depois, se passou a
adicionar à farinha outros ingredientes, como mel, azeite doce, mosto de uva,
tâmaras esmagadas, ovos e carnes moídas, formando-se bolos, que teriam
precedido o pão propriamente dito. Esses bolos eram cozidos sobre pedras
quentes ou sob cinzas. Consta que a utilização de fornos de barro para o
cozimento de pães remonta ao VII milênio a.C., pelos egípcios. Aos egípcios
também é atribuída a descoberta do uso de líquido fermentado à massa para
torná-la mais leve e macia.
Na Antigüidade, tanto os deuses como os mortos, quer sejam
egípcios, gregos ou romanos, eram honrados com oferendas de animais e flores em
massa de pão. Era comum, também, entre egípcios e romanos, a distribuição de
pães aos soldados, como complemento de soldo, costume que perdurou até a Idade
Média.
O Pão foi levado para a Europa pelos gregos. No Império
Romano, a princípio, o pão era feito em casa pelas mulheres, para o consumo da
família. Após, passou a ser fabricado em padarias públicas, dando origem assim
aos primeiros padeiros. Isso teria acontecido, segundo o filósofo romano
Plínio, o Antigo, depois da conquista da Macedônia, em 168 a.C.
Com a queda do Império Romano, e da organização por ele
imposta ao mundo, as padarias européias desapareceram, retornando o fabrico
doméstico do pão. Assim, pela comodidade, o pão voltou a ser fabricado sem
fermento e achatado, o pão ázimo. Embora existissem fornos e moinhos, o sistema
feudal permitia seus usos somente para o consumo próprio. Só os castelos e os
conventos possuíam padarias.
Foi somente com a invenção de novos processo de moagem da
farinha que a indústria da panificação teve seu desenvolvimento. Se antes os
grãos de cereais, principalmente o de trigo, eram triturados em moinhos de
pedra manuais, passou-se para moinhos movidos a animais, após para os movidos a
água, e depois pelos moinhos de vento. São de 1784 os primeiros moinhos movidos
a vapor. No ano de 1881 ocorre a invenção dos cilindros, que muito contribuiu
para o aprimoramento na produção do pão.
O Pão no Brasil
O Brasil só conheceu o pão no século XIX.
Antes do pão se usava o beiju de tapioca, a farofa, o pirão escaldado ou a
massa de farinha de mandioca feita no caldo de peixe ou de carne. A atividade
de panificação no Brasil se expandiu com os imigrantes italianos. Foi com eles
que nos grandes centros, principalmente em São Paulo, se instalaram e
proliferaram as padarias, comuns hoje em todo país.
O Pão e a Religião
O pão está contido em toda a história do
Homem, principalmente pelo seu lado religioso. É o símbolo da vida, alimento do
corpo e da alma, símbolo da partilha. Somente com Cristo é que o pão tornou-se
símbolo sagrado. Ele foi sublimado na multiplicação dos pães na Santa Ceia ao
dividir o alimento com os apóstolos afirmou que cada pedaço daquele pão era o
seu próprio corpo e até hoje simboliza a fé no catolicismo. E é comum entre os
povos lusitanos antigos ver-se beijar o miolo ou o pão adormecido, quando se
atira-o fora.
Há também os famosos pãezinhos de Santo Antônio,
que ainda hoje são distribuídos em várias igrejas no dia 13 de junho, para
serem guardados junto com os mantimentos. Crê-se que o que estiver junto com
esse pãozinho não faltará durante aquele ano. Esse costume português chegou até
nós através dos jesuítas.
O pão e a economia no Egito
Você sabia que o Egito é o maior país do
mundo em termos de consumo de trigo? A sua população consome 7% da produção
mundial, o que representa um consumo médio de 200 kg de trigo, por pessoa, a
cada ano. Esses números preocupam as autoridades, pela crescente importação de
grãos. Assim, é possível que sejam reduzidas as exportações, para conter a
dívida externa do país. Vejam só importância do pão na economia de um país!
TIPOS DE PÃO
Existem dois tipos básicos de pão:
a) O pão
levedado, a que se acrescentou à massa levedura ou fermento geralmente cozido (assado)
num forno, produzindo pães mais ou menos macios, em que a massa cozida tem
espaços com ar.
b) O pão
ázimo, não fermentado, que produz pães geralmente achatados, mais consistentes;
estes podem ser cozidos no forno ou assados numa chapa (ou frigideira), ou
mesmo fritos.
No próximo post escreverei sobre alguns tipos
de pão no mundo.
Curiosidades sobre a
história do pão
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Fontes:
www.bravagente.com
www.sebrae.com.br
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